Qual a necessidades do mercado externo, se o Japão é um país com uma das maiores economias do mundo ? Para entender melhor a resposta dessa pergunta vamos ver tudo o que está por traz da economia no Japão.
A economia japonesa ganhou destaque após a Segunda Guerra Mundial. Nas décadas de 80 e 90 o Japão se tornou uma grande potência econômica no mundo. Sendo terceira maior do mundo, atrás somente dos Estados Unidos e China.

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Contexto histórico
No Período Edo (1603 - 1969) o Japão ou por um processo de isolamento político econômico e uma rigidez maior com relação ao controle econômico interno. Assim os feudos ficaram sob imposição dos códigos de leis. Nesse período o desenvolvimento econômico incluiu urbanização, aumento do transporte de mercadorias, uma grande expansão do comércio doméstico e, inicialmente, estrangeiro, e uma difusão do comércio e indústrias e artesanato.
Com o crescimento da população, a Osaka e Quioto já tinham mais de 400 mil moradores, se tornando centros de intenso comércio e produção de serviços. A base da economia era o arroz. Era comum até o uso de contratos para a venda do arroz que ainda não havia sido colhido. Esse período foi marcado também pelo crescente interesse pelo estudo da ciência e técnicas do Ocidente.
Na década de 80 o Japão se tornou a segunda maior economia do mundo até 2010. Nessa mesma década, com a alta nas ações imobiliárias causaram um super-aquecimento da economia japonesa chamado de bolha financeira e imobiliária do Japão.
De 1990a 1992 a Bolsa de Valores de Tóquio quebrou e as imobiliárias tiveram seu pico em 1991. Mas de 2001 a 2010 o aumento da renda per capita ultraou a Europa e Estados Unidos. Atualmente uma preocupação com relação à economia é devido a população envelhecida. Por causa disso embora o Japão seja um grande produtor de entretenimento no mundo dos animes e da música, o país enfrenta concorrência pesada com a China e Coreia do Sul, principalmente com a música.

Economia do Japão
A moeda japonesa é o iene, é a terceira moeda mais negociada no mercado de câmbio depois do dólar dos Estados Unidos e do euro. O Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 foi de 5,75 trilhões de dólares. Os setores econômicos mais populares são de indústria, tecnologia e finanças.
As regiões industriais se concentram nas eletrônicos, máquinas, produtos químicos, computadores, alimentos processados e têxteis.
O Japão costuma exportar commodities ou comodity (bem ou produto de origem primária de grande valor comercial) como semicondutores, equipamentos de transporte, máquinas elétricas e motores de veículos.
Os países que contribuem para o mercado externo do Japão são Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Hong Kong. Já os que o próprio Japão compra geralmente são China, Austrália e Arábia Saudita. Lembrando que com certeza existem mais países e cada lugar tem seu interesse por determinados produtos, esses são apenas os principais.
O Japão está entre os três maiores importadores de bens agrícolas no mundo e é o maior importador do mundo de peixes e produtos derivados. O Japão decidiu não explorar seus recursos florestais para fins econômicos.
A agricultura e a pesca eram os melhores recursos desenvolvidos, mas apenas com anos de grandes investimentos e trabalho. O Japão construiu as próprias indústrias de manufatura e processamento para converter matérias-primas do mercado externo.
Esta estratégia de desenvolvimento econômico necessitava do estabelecimento de uma forte infraestrutura econômica para fornecer a energia, transporte, comunicações e conhecimento tecnológico necessários. Depósitos de ouro, magnésio e prata ajudam a suprir as demandas industriais, mas o Japão é dependente de recursos do mercado externo para muitos de seus minérios essenciais para a indústria. São exemplos o ferro, cobre, bauxita (mistura natural de óxidos de alumínio), alumínio e produtos florestais precisam ser importados.

Economia japonesa pós pandemia
A pandemia ocasionada pela COVID-19 foi algo que pegou a muitos de surpresa e afetou negativamente a economia mundial. No primeiro semestre de 2021 as exportações do Japão diminuíram e teve aumento de custo de importação.
Segundo o Uol Economia, o iene está mais fraco e com o aumento nos preços do petróleo fizeram subir os custos de importação, afetando os termos de troca do Japão (pobre em recursos naturais) e prejudicando a promessa do primeiro-ministro, Fumio Kishida, de corrigir as desigualdades. O custo de vida no Japão está aumentando devido a esses fatores.
As exportações aumentaram 13% em setembro de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. A expectativa é que com o mercado externo o país consiga se recuperar. Por causa da crise econômica por causa da pandemia a entrada de automóveis teve quase metade em queda.
Como o Japão depende do mercado externo, ou seja , ele se garante por meio da exportação, crises como essas são significativas pois os países perdem o interesse por itens tecnológicos e dão mais prioridade para itens mais básicos. E o mercado japonês é um pouco ''pobre'' em produtos naturais em relação a outros países. Mas como a pandemia não acabou por completo ainda não dá para saber quais os rastros que ela vai deixar na economia do Japão e suas relações com o mercado externo.
